quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Perdão.

Perdão. Uma palavra tão pequena, mas que não cabe na vida de muitos. Temos espaço para tanta coisa em nossa vida, mas dificilmente queremos carregar conosco um gesto tão sublime e que faria de muitos de nós um ser muito melhor.
Uma traição, uma ofensa, uma mentira, uma infidelidade, um desleixo, que seja!  Quantas vezes nós deixamos de perdoar? Será que somos tão perfeitos assim a ponto de julgar quem merece perdão?  Será que o meu julgamento não é mais cruel do que o que me causaram? Será que eu suportaria ser julgado pela minha própria sentença? Afinal, quanto vale mesmo um perdão? E a vida, quanto ela vale? Desumano! Desumano é o ser que não perdoa, porque nele não existe compaixão para com seu próximo nem consigo mesmo. Quem perdoa sabe qual é a sensação de dar uma nova chance, não para uma nova decepção, mas uma chance ao seu próximo de ser uma pessoa melhor e uma chance para si de conhecer suas limitações, afinal, será que acertaremos sempre? Não poderia, pois, ser eu amanhã o dependente de perdão?  Precisamos perdoar quantas vezes for preciso, por mais doloroso que seja.

Jesus, em toda a sua jornada terrestre, muito ensinou sobre o perdão. Na oração ensinada por Ele mesmo (Mat 6:9), a qual até hoje fazemos, Ele traz a reflexão de que para ser perdoado precisamos perdoar (“... perdoe as nossas dividas, assim  como nós perdoamos os nossos devedores”). Acontece que, nós sempre achamos que as pessoas sempre nos causam dores maiores do que já causamos a alguém. Ilusão! Pois, temos também direito de julgar o tamanho da dor dos outros? Precisamos aprender mais de nós. Somos nós quem precisamos fazer diferente para ver diferença. Não adianta se limitar as pessoas, excluí-las de nossas vidas, sujar seus nomes, pois nós precisamos mais perdoar do que ser perdoado, porque a ferida foi causada por alguém, mas a ferida habita em nós, e, sejamos bem francos conosco, enquanto não houver um perdão sincero, a ferida vai estar sempre lá. A verdade é que, precisamos abrir nossos olhos e entender que mundo melhor não vai existir, mas se quisermos, podem existir pessoas melhores. 

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